Escrevinhar


sábado

Vi Lisboa a despertar

5:35 da manhã.
O sol começa a despontar no horizonte.
Pelas ruas de basalto passam os primeiros táxis da manhã, os cães farejam as esquinas por onde passaram mil vezes, com a chuva prometida para o dia inteiro, começa o festival de guarda-chuvas num desfile engasgado pelas passadeiras e paragens de autocarro.

Noto a idade das pessoas que andam pelas ruas. Não há jovens. Numa madrugada cinzenta e chuvosa como esta as pessoas andam tristes, cinzentas também.

Lisboa é lindíssima, mesmo cinzenta.

Verde, claro, luz, basalto, chuva, semáforo, pessoas que esperam para atravessar a rua, transito muito fluído, cães passeando sozinhos, pessoas com missões muito claras e já cheias de energia.

Chego a casa e puxo o estore todo para baixo. Não consigo adormecer com a cidade a acordar lá fora. Toda a azáfama mantém-me acordado. Fecho os olhos para não ver a vida que passa lá fora e adormeço. No meu sonho acordo de madrugada e depois de verificar que está a chover, abro o meu guarda-chuva igual aos outros e lanço-me no anonimato da manhã. Acordo estremunhado ás 17.00, julgando ter perdido o autocarro... Um autocarro cheio de vida passou-me ao lado.

domingo

As Finezas

Saem em grupos de três e quatro. Aperaltadas para ir ao teatro, mas a sair do cinema. Comentam aquilo que viram e o pouco que perceberam.

No meio das despedidas alguém se esqueceu de um beijo e não voltou para trás. No meio das “finezas” um arrumador tosse convulsivamente. Surge uma clareira. As senhoras afastam-se, faz lembrar a idade média e as reacções aos leprosos. Agitam-se as hostes, o arrumador passa a tossir os pulmões - tuberculosamente - e os cães não ladram(porque não há cães) mas ladram as “finezas“ e entreolham-se.

Ladram, à porta do São Jorge, e o arrumador passa. Tal como a caravana.

As “finezas” dispersam, regressam aperaltadas aos cantos duma qualquer casa numa qualquer Avenida. Cantos escuros onde deambulam quando não estão a assistir a estreias de cinema.
Na convulsão dos táxis, porque trazer o carro para o centro da cidade implica contacto com subespécies como arrumadores tuberculosos, confundem os sorrisos e até chegam a sorrir para o taxista, engano desde logo corrigido com cara séria e inexpressiva. Todos lhes devem, ninguém lhes paga...

quarta-feira

Ratinho

Eu sorri...
 blog it

sexta-feira

Sacred cow dung

Amiguinhos... -Estupidez começar um post assim!- conheci um site www.sacredcowdung.com que tem uma lista de ALL THINGS WEB 2.0.

Extremamente interessante, vão lá espreitar...

Noutras noticias, Sacorelhe estava fenomenal, nem frio nem calor e a primavera a rebentar. Foi muito bom.

Saravá...

quarta-feira

Faculdade

Tenho hoje o meu último exame. Briefing e Trabalho criativo, ou lá o que é. De resto todas as cadeiras foram feitas com notas entre o 13 e o 16, falta saber uma nota que sai hoje. Está a correr bem, e se continuar assim em breve vai estar concluído o curso. Parece as obras de Santa Engrácia, mas quando terminar vai terminar bem...

Que bom é sentirmo-nos leves com a noção de trabalho feito. Acho que estou a conseguir equilibrar tudo, e esse é um bom sentimento. Normalmente nesta altura rebenta por algum lado, quando parece estar tudo controlado...

Hazta.

sábado

Que saudades

lembra-me o natal...