quinta-feira

Memórias do meu diário...

25 de Abril Sempre

30 de abril 2001

São 4.30 da manhã...

Lá fora faz frio. A chuva regressou depois de vários dias livres desse tormento. Estamos sem dúvida na primavera... este tempo é estranhissimo.
Enquanto o mundo gira em torno do sol, nós, pequenas particulas nesta conspiração celeste, inundados de uma sensação de ilusão, que nos mantém crédulos na ideia de que somos parte importante nesta trama universal, vivemos as nossas vidinhas insignificantes sem nos darmos conta daquilo que é de facto a nossa porporção em termos objectivos.

Não consigo compreender como as pessoas não percebem isso, da mesma forma que não entendem que se cada um pensar que sozinho não consegue mudar o mundo, nunca ninguém conseguirá fazer absolutamente nada.
Cada um de nós pode fazer a diferença... Não podemos é deixar-nos levar pela resignação, e acomodarmo-nos ou baixar os braços e aceitar o que nos dão sem discussão, assim sem mais nem menos.
Todos temos o direito e o dever de lutar por aquilo que queremos, por aquilo que pensamos, por aquilo que imaginamos ser a sociedade perfeita ou mais perfeita do que esta.
O 25 de abril deu-nos essa possibilidade... adquirimos liberdade de expressão, e atribuímos liberdade ao movimento político, às ideias diferentes das que estão instaladas. Vamos aproveitar!!!
25 de Abril Sempre!!!

Ó terra de mudos,
foste a morte dos surdos,
e a vista dos cegos,
usaste a fala dos homens
para, da terra, fazeres inferno;
usaste um povo contra si próprio...
e só os mudos foram poupados,
e os surdos aclamados,
faltando os cegos ensinados
viram aquilo que não viam,
ouviam tudo o que contavam
eram mudos mas cairam
com a cadeira do acusado!

Sem comentários: