sexta-feira

Da noção de que o mundo nos deve alguma coisa, e da busca incessante da felicidade.

Nada é impossivel. Sempre ouvi dizer isto. Mas será que é mesmo assim? não haverá impossiveis diferentes para cada um, nem todos temos a capacidade de fazer acontecer, de transformar o querer em poder. Por vezes sozinhos não conseguimos mudar o mundo... Porque fazer a diferença é uma coisa, mudar mesmo o mundo é outra. Segundo a teoria do caos: o bater das asas de uma borboleta na Nova Zelândia pode ser a causa de um tsunami na Islândia, mas será que ao fazermos a diferença estamos a mudar o mundo? Será que mudar o nosso mundo é mesmo mudar o mundo? será que vale a pena rumar contra a maré? tentar fazer de outra maneira? e quem nos garante que a nossa maneira é a maneira certa? e se ficamos a olhar para o nosso umbigo, convencidos de que sabemos como são as coisas e deixamos de ouvir os outros e perceber que podemos estar errados? e se tudo o que fazemos estiver errado? e se nem sequer tivermos percebido que estamos errados?

Passamos a vida a facilitar. Faz parte da natureza do ser humano, é a lei do menor esforço. Passamos o dia a tentar poupar esforços para guardar energia para depois não a utilizarmos. As "coisas" (tudo o que possamos imaginar) serão fáceis? Bastará querer? então porque não fazemos mais? porque não tentamos procurar a felicidade proactivamente em vez de ficarmos à espera que ela nos bata à porta? Porque não conseguimos salvar o mundo?

Todos facilitamos, e depois queixamo-nos de que a vida não nos corre bem. Que o trabalho não corre bem. Que os amigos não nos ligam. Que não temos tudo o que queriamos ter. Que não fazemos o que queriamos fazer. Que não somos felizes. E se por acaso alguém se diz feliz, é um conformado, porque aceita aquilo que a vida lhe porporciona e sente-se feliz consigo próprio e com aquilo que adquiriu. (não estou a falar em termos materiais).

Falta sempre qualquer coisa. Mas nunca arriscamos ser felizes, ficamos na segurança que nos porporciona a possibilidade de nos queixarmos de não sermos felizes. Aí estamos seguros e a culpa nem é nossa, porque os outros é que não nos deixam ser felizes. As "coisas" não correm como nós queriamos. O mundo deve-nos a felicidade e nós não deviamos ter de a procurar... não é?

Não.

Arrisquemos!!! Vamos em busca da nossa própria felicidade, e façamos com que ela aconteça... já há quem o faça. Não é novidade.

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