segunda-feira

Da dificuldade das boas acções e da sua razão de ser

Praticar boas acções é sem dúvida mais dificil do que praticar o mal. Porquê?

Praticar uma boa acção normalmente pressupôe que se faz alguma coisa em prol de outros, sacrificando um pouco de nós. Aí surge o problema. O ser humano é um animal, embora racional, mantém uma parte instintiva. O instinto mais forte é o da sobrevivência, o que torna complicado ao homem, gastar as suas energias com os outros, e o impele para aplicar toda a sua capacidade na sua sobrevivência. Eis a base do egoísmo.

Podemos então afirmar que o homem é egoísta por natureza. No entanto esse egoísmo pode ter uma vertente positiva, quando aliado ao bem. Quando o ser humano retira prazer do facto de ajudar o próximo, e faz desse acto um acto de egoísmo, ajudando porque isso o faz sentir bem, não está a trair a sua natureza e no entanto está a ser bom. É dessa bondade natural, proveniente de tal característica inerente ao homem (o egoísmo) que eu falo. Podemos confiar no ser humano para ser ser humano, podemos ter a certeza de que se vai portar como tal, pois essa é a sua natureza.

Ou seja, o altruísmo é uma forma de egoísmo, e é aquilo que torna o ser humano bom, por natureza.

Senão porque razão nos pesaria a consciência quando fazemos algo mau?

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