quinta-feira

Ânsia de tudo conhecer

Sentir o mundo. Eis o objectivo último na vida. Mais do que ser feliz, mais do que atingir os vários objectivos e ambições que todos temos. Sentir o mundo é a derradeira vontade que urge dentro de mim. Senti-lo em todos os seus cambiantes, em todas as suas culturas e toda a sua diversidade. Pouco a pouco para poder saborear. A cada pedaço de mundo que saboreio encontro novas possibilidades, novos horizontes e ainda mais vontade de saborear o resto.

Cada amigo que tenho é um pedaço deste mundo. Cada amigo que tenho é um mundo dentro do mundo, um universo de sabores, cores, luzes, ideias, sonhos, fantasias, desejos, medos, amores, ódios, tristezas, alegrias, incertezas, perguntas, palavras, gestos, e todos me tocam de uma maneira especial. A deles. Todos diferentes, mas todos me revelam uma parte deste mundo que é o meu, e o qual vasculho em busca de novas sensações. Todos os dias. Tento conhecer-me melhor conhecendo os que me rodeiam. Tento desesperadamente assimilar toda a informação que transmitem, numa ânsia de tudo conhecer, tudo encontrar e finalmente encontrar-me a mim próprio. Nos seus olhos ver a minha imagem como verdadeiramente sou e gostar do que vejo. Acreditem é complicado, exige uma grande dose de confiança. Como também exige que deixe de ter pena de mim próprio.

Acredito no mundo. Acredito no ser humano. Acredito na bondade. Acredito que tudo acontece por uma razão, e que os caminhos que me cruzam com as pessoas de quem gosto, são os caminhos que escolhi percorrer. Eu escolho o caminho de sentir o mundo, absorvê-lo como ele se apresenta, numa loucura sã de tudo querer sentir.

O mundo para além da natureza, não consiste numa realidade partilhada por todos, mas antes num conjunto de realidades aglomeradas pelo destino. Cada um vê o mundo pelos seus olhos e cada um tem a sua realidade. Não são mundos diferentes, são apenas diferentes maneiras de sentir o mundo.

Sentir... sentir.... sentir. Não pensar! SENTIR!!! Porque o mundo está nos sentimentos e esses, ah! Esses estão mais perto do instinto que da razão.

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