quinta-feira

Reverberar

Ondulo para cá, ondulo para lá.
Oiço as palavras escondendo-se no passeio, enquanto,
Lágrimas se extinguem nos teus olhos. E oiço...
Oiço o som da lua descendo de entre as nuvens para me vir falar, não sei bem de quê?! também não perguntei.
Sinto o medo subjacente. Sinto o medo tinindo. Sinto o medo escondido. Sinto medo... Medo de quê? perguntas.
Medo daquilo que a lua te contar. Medo de partir sem sequer chegar, medo de chegar, medo de existir, medo.
oiço-te.
Ondulo de cá para lá, e de lá para cá.
ondulo, sim.
Ondulo, Não.
As minhas lágrimas não se exprimem, senão num extertor final de morte anunciada. Nunca chegam a sair.
mas eu ondulo, Sim.
Nunca pares! dizem
Nunca pares! Gritam.
Parei!
Sou assim, teimoso e paro porque me dizem para nunca parar. Eu quero! eu é que sei!
Morro. Agora sim, porque parar é a morte do Artista...

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