As vezes nem sabemos. Nem notamos. Como as pequenas coisas nos afectam de tal maneira. Um olhar perdido, um sorrido esquecido, uma lágrima no canto do olho, ou a saudade no olhar. Aquele gesto de desagrado, aquele aperto de mão forte como se estivessemos a apertar a pessoa nos nossos braços.
Quem não conheçe o valor inestimável de um telefonema na altura certa. De um "- eu sei." naquele momento preciso. Ou de um "- Conta lá... o que foi?".
São esses pequenos pedaços de nada que, acumulados, dão o tanto que esperamos da vida. São esses momentos no tempo, tão pequeninos que normalmente não conseguimos sequer recordar, que nos fazem viver, sentir, gostar de alguém, ou pura e simplesmente odiar alguém. São esses momentos que nos fazem sentir a falta de alguém. São os sorrisos, os olhares, as expressões, as tristezas, os cheiros, as lágrimas, os gritos, os gestos, as fraquezas, e as teimosias que nos fazem falta, e que todas juntas formam as saudades que todos sentimos quando alguém por quem sentimos carinho parte. É tudo isto e mais alguma coisa... Aprendemos a viver com o estar de outra pessoa sem muitas vezes nos darmos conta de que conhecemos os seus pequenos nadas... Quando esses pequenos nadas desaparecem crescem e tornam-se imensos nadas, que por sua vez habitam nos nossos corações e se tranformam em saudades.
Penso que falo por todos, senão, falo, pelo menos, por mim quando digo:
- Tudo de bom para ti Marta. Sentimos já a falta dos teus pequenos nadas...
quarta-feira
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