terça-feira

Da naturalidade das escolhas e das razões pelas quais as fazemos

A necessidade latejante de fazer alguma coisa empurra-nos para um ritmo de vida acelaradíssimo. Os dias passam a correr, e corremos para voltar atrás. Aos tempos em que viviamos de café em café nas manhãs do Moderno, desenhando bonecos sorridentes nas mesas do Castiço, e perdendo imenso tempo a fixar aquilo que seriam os nossos principios de vida, aos bocadinhos. Criámos as nossas personalidades, uns através dos outros, com os outros, e às vezes para os outros. fixámos as nossas ideias, as nossas crenças, a distinção que fazíamos entre o Bem e o Mal, o Certo e o Errado, o Justo e o Injusto. E estávamos claramente de acordo na grande maioria dos princípios...

Mas a vida, acelerada, como não podia deixar de ser, obriga-nos a crescer, força-nos por vezes a repensar, a pensar... Questionamos o que aceitámos como verdade absoluta. Questionamos o facto de termos aceite verdades absolutas, quando agora temos tão poucas certezas, questionamos tudo!

Só não questionamos aqueles com quem fixamos a nossa personalidade, aqueles com quem crescemos, aqueles que partilharam a nossa estupidez, os nossos tropeções pelo caminho, a nossa genialidade. Aqueles que fizeram o caminho connosco.

Não haverá mais do que um caminho? E será que vão dar ao mesmo?

Ás vezes crescemos em sentidos contrários...

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